Edição: 1
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501401861
Ano: 2013
Páginas: 304
Tradutor: Priscila Catão
Sinopse - Métrica - (Slammed #1) - Colleen Hoover
O romance de estreia de Colleen Hoover, autora que viria a figurar na lista de best sellers do New York Times, apresenta uma família devastada por uma morte repentina. Após a perda inesperada do pai, Layken, de 18 anos, é obrigada a ser o suporte tanto da mãe quanto do irmão mais novo. Por fora, ela parece resiliente e tenaz; por dentro, entretanto, está perdendo as esperanças. Um rapaz transforma tudo isso: o vizinho de 21 anos, que se identifica com a realidade de Layken e parece entendê-la como ninguém. A atração entre os dois é inevitável, mas talvez o destino não esteja pronto para aceitar esse amor.
Métrica - (Slammed #1) - Colleen Hoover
Gente é muito legal esse livro, todo capitulo começa com um trecho de uma música da banda preferida da Layken.
I’m as nowhere as I can be, Could you add some somewhere to me?*
— THE AVETT BROTHERS, “SALINA”
Agora vamos as primeiras letras do livro:
KEL E EU GUARDAMOS AS DUAS ÚLTIMAS CAIXAS NO CAMINHÃO de mudança da U-haul. Puxo a porta para baixo e tranco o ferrolho, fechando lá dentro 18 anos de lembranças, incluindo todas as relacionadas com meu pai. Ele morreu há seis meses, tempo suficiente para que meu irmão de 9 anos, Kel, não chore mais toda vez que falamos nele. Mas ainda é pouco tempo para aceitarmos as consequências financeiras de se passar a ter um lar com apenas um chefe de família. Um lar incapaz de arcar com os custos de ficar no Texas, na única casa que já conheci. — Lake, deixe de ser tão pessimista — diz minha mãe, me entregando as chaves da casa. — Acho que você vai adorar o Michigan. Ela nunca me chama pelo nome na minha certidão de nascimento. Ela e meu pai discutiram por nove meses o nome que eu teria. Ela adorava o nome Layla, em homenagem à música do Eric Clapton. Meu pai adorava o nome Kennedy, em homenagem a qualquer um dos Kennedy. — Não importa qual Kennedy — dizia ele. — Gosto de todos eles.
Agora uma historinha que achei muito fofa:
Eu tinha 5 anos, e minha mãe havia deixado sua tesourinha na bancada do banheiro. Aparentemente, fiz o que a maioria das crianças daquela idade faz. Cortei meu cabelo. — Mamãe vai ficar com tanta raiva de mim — gritei. Achei que, se cortasse meu cabelo, ele cresceria de novo no mesmo instante e ninguém perceberia. Cortei um belo pedaço da franja e fiquei sentada na frente do espelho por cerca de uma hora, esperando que o cabelo crescesse. Peguei os fios lisos e castanhos no chão e fiquei segurando, tentando imaginar como é que eu os prenderia de novo na cabeça, e, então, comecei a chorar. Quando meu pai entrou no banheiro e viu o que eu tinha feito, apenas deu uma gargalhada e me ergueu, sentando-me no balcão. — A mamãe nem vai notar, Lake — prometeu, enquanto tirava algo do armário do banheiro. — Eu tenho um pouquinho de mágica bem aqui. — Ele abriu a palma da mão e deixou à mostra a fivela roxa. — Enquanto estiver com isso no cabelo, mamãe nunca vai perceber. — Ele afastou os fios restantes e prendeu a fivela. Depois, me virou em direção ao espelho. — Está vendo só? Novinha em folha! Olhei para o nosso reflexo no espelho e me senti a garota mais sortuda do mundo. Não sabia de nenhum outro pai que tivesse fivelas mágicas.
O que ela não esperava era que talvez essa mudança fosse realmente boa.
— Layken, você está morta! — grita Kel pela janela aberta, enfiando a espada imaginária no meu pescoço. Ele fica esperando que eu me curve, mas só faço revirar os olhos. — Eu esfaqueei você. É para você morrer! — diz ele. — Acredite em mim, já estou morta — murmuro, enquanto abro a porta e saio. Os ombros de Kel estão curvados para a frente, e ele está olhando para baixo, para o concreto, segurando a espada imaginária sem muita firmeza ao lado do corpo. Seu novo amigo está atrás dele, com o mesmo jeito de derrotado, fazendo eu me arrepender imediatamente de ter descontado neles meu mau humor. — Eu já estou morta — digo, com minha melhor voz de monstro —, porque sou um zumbi! Eles começam a gritar, ao mesmo tempo em que estico os braços para a frente, inclino a cabeça para o lado e começo a fazer nojentos sons gorgolejantes. — Cérebros! — murmuro, andando atrás deles com as pernas rígidas, dando a volta no caminhão. — Cérebros! Quando dou a volta bem devagar, braços estendidos, percebo um desconhecido segurando meu irmão e seu novo amigo pelas golas das camisas. — Pegue-os! — grita o desconhecido, enquanto prende os dois meninos, que continuam a berrar. Ele parece ser uns dois anos mais velho do que eu e é um tanto mais alto. “Gato” seria como a maioria das garotas o descreveria, mas não sou a maioria das garotas. Os meninos estão se debatendo, e os músculos dele se tensionam debaixo da camisa enquanto luta para manter os dois presos.
Meu instinto diz que eu devo me arrastar de volta ao caminhão e ficar escondida no chão pelo resto da vida. Em vez disso, grito “Cérebros!” mais uma vez e me jogo para a frente, fingindo morder o garoto mais novo no topo da cabeça. Agarro Kel e seu novo amigo, e começo a fazer cócegas até eles se esparramarem na entrada de concreto. Ao me endireitar, o irmão mais velho estende a mão. — Ei, meu nome é Will. Nós moramos do outro lado da rua — esclarece, apontando para a casa que fica bem na frente da nossa. Eu também estendo a mão. — Meu nome é Layken. Pelo jeito, eu moro aqui — devolvo, olhando para a casa atrás de mim. Ele sorri. O nosso aperto de mão demora, pois nenhum de nós fala mais nada. Odeio momentos constrangedores. — Bom, bem-vinda a Ypsilanti — diz ele,
Lindo né, a história já começa perfeita, aguardem mais capítulos desse livro.
Minhas impressões:
Gostei muito desde o primeiro capitulo, parece ser um livro que não se arrasta, ele tem cenas curtas, onde a autora não enrola o leitor, dando voltas e explicações as vezes desnecessárias. Ela vai direto ao ponto. Sinto que o Will, tem algum passado tenebroso e esconde muitas coisas, o perfeito pode vir a desencantar. Mas essas são minhas primeiras impressões já que eu estou no segundo capitulo apenas, lendo.
Beijos e até o próximo.